02 março 2009

pequeno trecho ode a felicidade translúcida e infinitamente momentãnea
ou - algo a se pensar
ou
renascendo em outros olhos,outro corpo.

ou - como ser feliz um pouquinho esquecendo tamanha tristeza?


sabe a felicidade os olhinhos brilhando e o coração pulsando?
nao que vc nao saiba que isso exista.
vc nao tinha sentido isso ultimamente.
nao que vc verdadeiramente queira sentir ou ache que seja coisa que valha a pena - o sentir.
mas vale, porque afinal, sentir tudo assim, em ebulição, o faria sentir-se vivo.
entao vc olha para o lado, relê o bilhete e pensa - foi mesmo pra mim, enfeitiçado estou.
pára, pensa, mas já é tarde, iludido com a promessa de felicidade, especula que a vida vale a pena. e vale. - ela telefona e pergunta: - tudo bem?
e vc nao tem coragem de responder que a única coisa que mereceria sua melhora é a sua presença, infinitamente maior que um oceano, na verdade, um pedaço de mar.
entao vc diz que está bem, que isso, que aquilo, e nao diz oque gostaria de dizer. e ela tb, atravessada por um espinho no coração que alcança até mesmo a sua garganta, sem poder dizer alguma coisa, diz banalidades e desliga.
e os dois voltam a bailar nas especulações do amor, ou do que poderia ser um amor .
e dormem pensando um no outro. por que assim,definitivamente, não dói.

Um comentário:

Anônimo disse...

que gostoso ler coisas tuas...
beijos
gu