cidade cinza. praia. frio.
árvores despetaladas que dançam ao sabor do vento.
entro no ônibus para ir ao trabalho. Aquele motorista negro, cinquentão, forte e banguelo - toda sua fragilidade está numa gengiva escondida numa boca murcha.
Enquanto escrevo no ônibus percebo as pessoas em seus universos - um cara passa um Sms, outro dorme com a mão na testa, uma mulher abraça a bolsa e olha pra mim, uma moça loira de cabelos longos avança os olhos pela janela- parece tristíssima.
Sinal-campainha, sei lá que nome dar a isso - som estridente, agudo irritante. Penso até em escrever pra empresa sugerindo uma campainha mais suave...afinal, o motorista simpático não merece ficar surdo.
hora de desc
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