04 setembro 2011

terras daqui

cidade cinza. praia. frio.
árvores despetaladas que dançam ao sabor do vento.


entro no ônibus para ir ao trabalho. Aquele motorista negro, cinquentão, forte e banguelo - toda sua fragilidade está numa gengiva escondida numa boca murcha.



Enquanto escrevo no ônibus percebo as pessoas em seus universos - um cara passa um  Sms,  outro dorme com a mão na testa,  uma mulher abraça a bolsa e olha pra mim, uma moça loira de cabelos longos avança os olhos pela janela- parece tristíssima.

Sinal-campainha, sei lá que nome dar a isso - som estridente, agudo irritante. Penso até em escrever pra empresa sugerindo uma campainha mais suave...afinal, o motorista simpático não merece ficar surdo.
 


hora de desc




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