tão sozinho, o velhinho ficava no bar
bebendo um trago
fingindo que lia(nada mais lhe interessava)
rabiscava letras num caderninho antigo
e cuidava de si
como desleixado faxineiro.
contava os dias que já nao esperava por vir
só lembrava de um abraço perdido, de surpresa
em frente a um teatro - ou seria um cinema, ou seria uma praça?
ou seria um corredor de hotel?
mas era o abraço da mulher amada.
isso ele sabia.
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