04 abril 2010

esse é o escuro da chuva entre os prédios que me abalam verticalmente. mas há uma pequena luz e seu reflexo.
nem sei dessa pureza
só soube olhar
atravesse o mar
atravesse de barco - por enquanto
em breve - a ponte.

atravesse-se
atreva-se !
ou entregue-se !

e eu que achei que o mar era só meu.
que o dia era meu
que as flores eram minhas
que o sol queimando meu rosto era só meu
achei que tudo era meu aquele dia.

e hoje, vejo que  foi.
e agora é FOTOGRAFIA !
pedaço de mar
de tempo
do longe
                                          pedaço de mim
                                          pedaço do atravessar
                                                                          um pequeno pedaço
                                                                          e agora, o que eu faço?

ORÁCULOS

aprendera.
ou nao.
trazia no sangue essas obviedades - ver através dos olhos, sentir  e dizer.
benzer .
apenas benzia e lia as cartas
pros outros era tudo óbvio
pra si -  suportava  o mundo!
pros outros - um amor, uma dor, qualquer coisa
pra si - um silêncio - mor-tal !