26 março 2010

SAUDADE PARA ÔSVALDI

SAUDADE

SAUDADE É PALAVRA NOSSA
e nossa é a saudade
e todas as saudades do que perdemos
do que queríamos , do que sonhamos, do tempo que escorre... 
saudade traz pra perto, com dor às vezes, com nostalgia - muitas vezes, mas é a única forma  de trazer pra perto - de IMPORTAR - NO SENTIDO MAIS FORTE - TRAZER PRA DENTRO DA GENTE!!!
é de grande importância os afetos, as alegrias, os sorrisos, 
a poesia que nos embala, os amores que construímos no imaginário translúcido de nossa alma - damos vida a isso tudo - e consequentemente - temos saudade se nao  possuímos...e possuir - não é tão romântico assim...
Possuir é verbo de posse - e ninguém aqui é posseiro de filhos, netos, pais, mães, avós, amantes, ex- atuais...nem somos posseiros de nós mesmos ...somos uma passagem, breve - porém intensa - e isso  confere nossa mania de eternidade - e consequentemente - sempre - SAUDADE.

15 março 2010

Gracias a La vida ...(?)

Apesar de tudo, ano feliz, tranqüila e grata  à vida – bem ao estilo Mercedes  Sosa –“Gracias a La vida/ que me ha dado  tanto...”
 
Minha família, amigos e meu trabalho tem-se completado, em perfeita harmonia...
Confesso que às vezes até dá um medo dessa “tal felicidade”. E aí, qdo chego em casa e vejo a notícia da morte do Glauco. Todos falaram, escreveram , eu fiquei em choque! Já havia feito um trabalho com o pessoal do céu de Maria,  Glauco embalava minhas risadas e reflexões   às vezes absurdas e infantis (não menos sábias) -  são demais essas tirinhas – e tiradas!
A notícia teve repercussão geral,  nacional – pessoa famosa,  e duplo assassinato – pessoas jovens, espiritualizadas, pessoas do bem !  Eu tenho quase a idade do Glauco – meu filho tem a idade do Raoni.
E sabemos – todos os dias morrem Glaucos e Raonis – em todos os lugares do mundo, das piores formas –até de fome !
Lembro quando Jonh Lennon foi assassinado – eu era uma adolescente apaixonada mais ainda pela vida, intensamente e a morte era  um caso raro. Mas todos ficamos perplexos – com a morte de um ídolo e da forma violenta. Alguém, dentro de nós , morria. Permaneceria no baú das memórias afetivas.
Então eu  penso, ainda perplexa : Glauco, Raoni e Cadu – estes somos nós??  È demasiadamente desumano isso tudo.